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sábado, 29 de setembro de 2012

Empresa agrícola conclui projeto de 14ME em Serpa, o maior investimento privado 100% português no setor em Portugal




Uma empresa agrícola inaugura na segunda-feira um lagar em Serpa concluindo um projeto de 14 milhões de euros, que incluiu plantação de olival e é "o maior investimento privado 100% português" no setor olivícola em Portugal.


Trata-se do "maior investimento privado 100% português", disse hoje à agência Lusa João Cortez de Lobão, proprietário da Casa Agrícola Cortez de Lobão, referindo que há investimentos maiores, mas resultam de parcerias com espanhóis ou fundos de investimento internacionais.
No âmbito do projeto, a Casa Agrícola Cortez de Lobão, através da Sociedade Agrícola da Herdade Maria da Guarda, plantou, entre 2006 e o início deste ano, um milhão e 100 mil oliveiras, numa área de 575 hectares espalhada pelas herdades Maria da Guarda e da Capela, situadas na freguesia de Vale de Vargo, no concelho alentejano de Serpa.
"É o maior olival 100% português", disperso por 1.600 quilómetros de linhas de árvores, e "o mais eficiente", frisou, referindo que a sociedade "não luta para ser o maior" produtor de azeite em Portugal, mas quer ser "o mais eficiente", para "produzir um azeite de primeira qualidade a um preço muito competitivo para os mercados internacionais".
O projeto incluiu também a construção do lagar, na herdade Maria da Guarda, que deverá começar a funcionar na segunda quinzena de outubro, quando arrancar a próxima campanha olivícola.
O lagar foi a "evolução natural" do processo de plantação do olival e marca a conclusão do projeto global, que permitiu criar cerca de 30 postos de trabalho, disse.
Segundo João Cortez de Lobão, o lagar tem capacidade para transformar 450 toneladas de azeitona por dia, ou seja, dá para "satisfazer as necessidades" da sociedade e também para comprar azeitona a outros olivicultores ou disponibilizar a infraestrutura a olivicultores para transformarem a sua própria azeitona.
Atualmente, a Sociedade Agrícola da Herdade Maria da Guarda está no grupo dos cinco maiores produtores de azeitona e azeite do mercado português, mas "não é isso que nos move", disse.
"O objetivo é ser o produtor mais eficiente e, nos rácios de eficiência, tenho a certeza que estamos no topo do ranking", frisou, indicando que a sociedade produziu 2,5 mil toneladas de azeitona e 500 toneladas de azeite na campanha olivícola de 2011/2012 e espera produzir 3,2 mil toneladas de azeitona e 640 toneladas de azeite na próxima campanha de 2012/2013.
Quando o olival instalado nas duas herdades começar a produzir à "velocidade de cruzeiro", a sociedade estima produzir entre oito a 10 mil toneladas de azeitona e entre 1.600 a 2.000 toneladas de azeite, quase três por cento da produção anual de azeite em Portugal, que, atualmente, ronda as 70 mil toneladas, disse.
Atualmente, mais de 90% da produção de azeite da sociedade é vendida a granel, sendo "grande parte" exportada para Itália, sobretudo, e Espanha e o resto comercializado em Portugal.
"Apenas uma pequena parte, cerca de 4%", é vendida embalada, sob a marca "Lagaretta", em Portugal e para China, Brasil e Estados Unidos da América, disse, referindo tratar-se de um azeite virgem extra "gourmet" e que corresponde a "um nicho de mercado".

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