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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

HOSPITAL DE SERPA Fecha das 00h00 as 08h00 ( VAMOS DEIXAR QUE ISTO ACONTEÇA?)











ENTREVISTA A  DRª Margarida Silveira


Qual a solução para o serviço de urgências do hospital de São Paulo em Serpa? Sempre vai fechar entre as zero e as oito horas? 
Gostava, primeiro, de fazer um esclarecimento: não existe nenhum serviço de urgência no Hospital de Serpa.


É uma questão de pormenores de linguagem…
Não é pormenor de linguagem, nem é semântica. Temos de ser rigorosos naquilo que dizemos. Não temos um serviço de urgência no Hospital de Serpa. O que temos é um serviço de urgência avançado, que funciona, de facto, 24 sobre 24 horas e que tem uma equipa permanente: médico, enfermeiro, assistente operacional e um administrativo. Em relação a Serpa entendemos que não se justifica, do ponto de vista assistencial, um serviço de urgência básico. O que temos lá é, de facto, um pouco mais do que uma consulta de recurso e menos que um serviço de urgência básico.


Afinal sempre é uma questão de semântica…
Não, não é uma questão de semântica: é uma questão de honestidade, porque um serviço de urgência básico tem de ter 24 sobre 24 horas dois médicos e Serpa tem apenas um. Daí lhe chamarmos serviço de urgência avançado. Temos de ver qual é o movimento assistencial que temos em Serpa. E temos de perceber que temos Serpa com bom acesso a Beja, a menos de 60 minutos de uma urgência médico-cirúrgica. E isto tem a ver com o que são as normas definidas a nível nacional por peritos médicos. E, portanto, este conselho de administração tem estado a reavaliar a situação de Serpa e realmente é verdade que existe a possibilidade de vir a ser reduzido o serviço durante a noite, porque temos uma fraquíssima assistência.


Fraquíssima assistência quer dizer o quê?
2,6 doentes por noite. Não queremos desproteger a população de Serpa, de maneira nenhuma, o que queremos é que a população de Serpa seja bem tratada na comunidade e no seu centro de saúde. Até temos populações no distrito de Beja muito mais distantes que Serpa, onde foram retirados os serviços de atendimento permanente ao utente e fizeram-se consultas de recurso ou de reforço. Agora, compete-nos a nós, como conselho de administração, analisar os dados, fazer a nossa reflexão e dar o nosso parecer. Não queremos desproteger as pessoas. De maneira nenhuma. Mas queremos que os recursos que temos para a Ulsba sejam melhor distribuídos e o mais equitativamente possível, estou a falar até dos recursos financeiros.

Texto retirado do Diario do Alentejo
http://da.ambaal.pt/noticias/?id=2292



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