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segunda-feira, 13 de março de 2017

Idoso de 80 anos residente em Pias (Serpa) vive “pesadelo” de ser tratado no Hospital de Beja

Idoso de 80 anos vive “pesadelo” de ser tratado no Hospital de Beja
António Serra, doente com leucemia aguda, chega a aguardar mais de 24 horas para que lhe seja feita uma transfusão de plaquetas.
A sobrevivência de António Gaizinho Serra depende da transfusão de plaquetas que faz todas as semanas no Hospital de Beja. O homem de 80 anos sofre de leucemia aguda e todas as terças-feiras se desloca de Pias, concelho de Serpa, onde vive, à capital de distrito para efectuar o tratamento.
Fátima Serra, filha do idoso, que o acompanha todas as semanas, diz que o pai chega a estar “seis, sete ou oito horas sentado numa cadeira à espera do tratamento”.
A rotina acontece há 4 anos e ainda assim há um “pesadelo” que se repete.
“Quando chegamos aqui nunca há plaquetas para ele”, lamenta Fátima Serra. “Se as plaquetas não chegarem até à hora de fecho do Hospital de Dia (17h30), o meu pai tem de passar para o Serviço de Urgência”, conta a filha do doente e acrescenta que tal ainda não chegou a acontecer porque os dois acabam por voltar para Pias sem o tratamento e regressar no dia seguinte. Com isto, o idoso chega a estar mais de 24 horas sem fazer o tratamento. Situação que “deixa o meu pai bastante debilitado devido ao sangramento por plaquetas baixas”.
A família procura uma explicação para a situação que considera “inadmissível”. Segundo Fátima Serra, o idoso tem de estar no Hospital logo pela manhã para efectuar análises. De acordo com a mulher, só depois de serem conhecidos os resultados dos exames é que são pedidas as plaquetas a Évora ou a Lisboa.
A família do doente já participou a situação à Ordem dos Médicos, deixou várias reclamações no Gabinete do Utente e escreveu cartas ao Concelho de Administração (CA) do Hospital, liderado por Margarida Silveira e José Gaspar, solicitando a resolução do problema. “Nunca obtive qualquer resposta, nunca me disseram nada. Sinto que estão a querer vingar-se de mim por eu ter feito estas reclamações”, desabafa Fátima Serra. A mulher não tem dúvidas em afirmar que o pai “tem sido muito mal tratado neste Hospital”.
A família de António Serra sente-se negligenciada e afirma que vai processar a Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA).
Contactada pela Rádio Pax, o CA confirma que o idoso é utente do Hospital mas, “por se tratar de questões de natureza clinica, não fornece qualquer tipo de informação pública”.

http://www.radiopax.com/index.php?go=noticias&id=12533

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